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Pare de Jogar Dinheiro Fora: Como o PGBL Pode Colocar Imposto Pago de Volta no Seu Bolso

Atualizado: 7 de mar.

Se você já teve a sensação de que o Imposto de Renda funciona como um grande aspirador sugando seu dinheiro todos os anos, talvez seja porque nunca explorou algumas regras do jogo que podem trabalhar a seu favor. Uma dessas regras, quase um “código secreto” do sistema tributário, é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), uma modalidade de previdência privada que pode colocar dinheiro de volta no seu bolso – ou pelo menos adiar a mordida do leão por tempo suficiente para você fazer algo útil com esse dinheiro.



O Diferimento do Imposto de Renda e a Mágica do PGBL


O PGBL tem um truque especial: ele permite que você deduza até 12% da sua renda bruta anual na declaração do Imposto de Renda, desde que utilize o modelo completo. Mas antes que você se empolgue demais, aqui vai o detalhe crucial: o imposto não desaparece, ele apenas é adiado para o momento do resgate, quando incide sobre o total acumulado (contribuições + rendimentos). O objetivo não é escapar do imposto, mas sim otimizar o fluxo de caixa e permitir que você invista esse dinheiro por mais tempo.


Quem se Beneficia e Como?


A vantagem do PGBL é proporcional ao quanto você paga de imposto e à sua faixa de tributação. Vamos testar esse conceito com dois exemplos reais: João, que ganha R$ 5.000 por mês, e Marcos, que ganha R$ 10.000 mensais.


Caso 1: João – O Profissional de Renda Média


João trabalha como analista financeiro e recebe R$ 5.000 por mês, o que dá R$ 60.000 por ano. A base de cálculo do Imposto de Renda considera a renda bruta (antes dos descontos), e João está na faixa de tributação de 27,5%. Sem investir no PGBL, seu imposto devido ao longo do ano gira em torno de R$ 6.108,00.


Agora, digamos que João decida investir os 12% permitidos em um PGBL, o que significa um aporte de R$ 7.200 ao longo do ano. Como consequência, sua base de cálculo do IR cai para R$ 52.800. A redução do imposto devido equivale a aproximadamente R$ 1.980.


Ou seja, João investe R$ 7.200, mas no ano seguinte recebe R$ 1.980 de volta via restituição ou redução do imposto a pagar. Na prática, seu custo real do investimento foi de apenas R$ 5.220.


Caso 2: Marcos – O Executivo de Renda Superior


Agora vejamos Marcos, que tem um salário de R$ 10.000 por mês, totalizando R$ 120.000 anuais. Ele também está na alíquota de 27,5%, o que significa que seu imposto anual, sem qualquer benefício fiscal, seria de aproximadamente R$ 20.580.


Se Marcos investir os 12% permitidos (R$ 14.400 ao longo do ano) em um PGBL, sua base de cálculo do imposto cai para R$ 105.600. A redução do imposto devido será de aproximadamente R$ 3.960.


Em outras palavras, ele coloca R$ 14.400 no PGBL, mas recupera R$ 3.960 via restituição ou menor pagamento de imposto, tornando o custo efetivo de seu investimento R$ 10.440.


O Jogo da Inteligência Financeira


Se ambos, João e Marcos, não investissem em um PGBL, esses valores que eles “economizaram” iriam diretamente para o governo e jamais voltariam. Com o PGBL, o dinheiro fica aplicado e rende ao longo dos anos, podendo ser sacado no futuro sob um regime tributário mais vantajoso.


Isso significa que o PGBL pode ser uma estratégia poderosa de planejamento financeiro, permitindo que seu dinheiro trabalhe por você por mais tempo antes de ser tributado. Mas, atenção: essa estratégia só faz sentido para quem opta pelo modelo completo de declaração do IR e contribui para o INSS ou outra previdência oficial.


Se bem planejado, o PGBL pode ser um aliado na construção de um patrimônio sólido, transformando o imposto em um investimento de longo prazo. Afinal, se o dinheiro tem que sair do seu bolso, que seja para gerar mais dinheiro, e não apenas para alimentar a máquina estatal sem qualquer retorno direto para você.


Quer entender melhor como essa estratégia pode funcionar para o seu caso? Entre em contato com a Zug Planejamento Financeiro e descubra como otimizar seu patrimônio de maneira inteligente.


 
 
 

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